Um conto, escrito em 1864.
A ÁRVORE DE NATAL NA CASA DE CRISTO
DOSTOIÉVSKI
Fiódor Dostoievsky (1821- 1881)
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Assistimos já, em muitos lugares, a contestação veemente que é feita às "nossas máscaras". Lidamos talvez, ou, não, com um vírus diferente (ainda) mas que nos está a subjugar e a tirar tudo o que nos caracterizava. De uma forma meia distorcida a nossa vontade e liberdade, também está a ser controlada. E morrer... está-se a morrer aos poucos, todos os dias, seja literalmente, ou assim... definhando.
Impedidos de ser quem somos. De respirar livremente. Expressar os nossas emoções, "proibidos" de tocar os outros. Da mínima proximidade deles e dos nossos.
Há muitas espécies de vírus mortais. Muitas ameaças à nossa roda que nunca valorizámos suficientemente. Agora, já percebemos que nem todos são visíveis, nem palpáveis. Que pouco podemos contra eles, mas nunca poderemos deixar de lutar...
Lisboa
Quinta das Conchas
Castelo de S. Jorge
Torre de Belém
Bairros típicos
Jardins da Gulbenkian
Jardim do Campo Grande
Ponte 25 de Abril
Jardim Vasco da Gama - Belém
Cacilhas (Grande Lisboa)
Ponte Vasco da Gama
Parque das Nações
Elevador de Santa Justa
Estação do Rossio
Praça do Comércio - Arco da Rua Augusta.
Sintra (grande Lisboa)
Quentes e boas, já apetecem
Pastéis de Belém
Boca do Inferno - Cascais
Tanto para ver nas proximidades. Arrábida, Cascais, Queluz, Sintra, Costa da Caparica, Cabo da Roca, Cabo Espichel...
"your job is to bring honor to the family"
Dos homens sempre se esperou que fossem guerreiros. Que conquistassem, a vitória e os despojos fossem seus. Entre eles, às vezes, muitas vezes mesmo, estavam mulheres e crianças.
Não importava muito o que lhes sucedia, ou se a honra delas, era sem piedade, alvitrada nessa hora. Às mulheres sempre se pediu comedimento. Sujeição, primeiro ao pai. Depois ao marido. Passando pelo respeito para com o sogro e todos os homens à sua volta.
A mulher nunca foi nada. Ou, sempre foi tratada como muito pouco e frequentemente como moeda de troca em contratos de posse de terras, casamentos, que firmavam também tratados.
Mas, desde sempre, existiram MULHERES que não se acomodaram, nem cumpriram apenas com o seu "papel", perante o seu Senhor, nem perante qualquer Homem. Porém, em raras vezes, desonraram a família. E se o fizeram, também foram levadas a tal.
Porque a família para as mulheres é sagrada! SEMPRE. Já para o homem nem sempre tem esse valor, nem a cultuam com a mesma devoção.
Gostei muito de ver Mulan, embora tenha imensos efeitos especiais que não passam despercebidos, o filme está muito bom. Tanto em desenho animado como em filme, prefiro-o a Aladin.
Claro que a história de um e do outro, são muito diferentes. Para mim, Aladino é um bonito conto para crianças. Mulan também, mas é muito mais do que isso! É sobre laços fortes, honra. Ser leal à verdade e aos amigos. É um hino à coragem e à resiliência. Uma inspiração para muitas jovens e, também, muitas mulheres. Não há coisa pior do que uma mulher deixar-se anular ou amesquinhar por um homem.
Lembro-me de uma frase da minha mãe, que sempre me acompanhou e inspirou. "Nunca dependas de um homem para viver. Habitua-te a seres autónoma. A ter o teu dinheiro, o teu trabalho. Porque se o tiveres, serás sempre livre."
Todas, mas todas, temos uma Mulan dentro. Algumas... só ainda não, a descobriram.
Annabel de Vetten
A normalidade não é para algumas pessoas que sobressaem do padrão comum e os bolos que esta senhora faz, demonstram-no.
Annabel de Vetten é pintora, escultora e esta experiência começou com o seu bolo de casamento. As pessoas ao contrário do que seria de supor, gostaram e começaram a chover encomendas. Portanto, tudo o que ela faz retrata filmes de horror.
"O estilo dos meus bolos, são o meu trabalho principal e o que descreveria como 'dark'. Anatomia, morte, medicina e arte alternativa inspiram-me e crio minhas interpretações, a partir da comida. Às vezes uso o estilo tradicional de bolo em camadas, mas desfaço a ideia de ser esse bolo e viro-o de cabeça para baixo. Vou cobri-los com maçapão ou chocolate, mas na forma de órgãos, pele, carne, pêlo ou matéria podre. Por mais nojento que pareça, certifico-me sempre de que haja um elemento de estilo, ou mesmo de beleza. Também faço muitos animais de aparência realista, penso que são fofos, mas também horrorizam algumas pessoas, porque são muito realistas. Posso não agradar a todos, mas isso é que está bom para mim!"
Animais e coisas em que realmente se revê.
Este, para um Baby Shower (festa de baptizado)
Trabalhos tão realistas como, mórbidos
O caminho de cada um, na vida, é feito por si e mais ninguém! E a riqueza do ser humano é precisamente esta diversidade de uma inesgotabilidade surpreendente.
Annabel de Vetten é um génio artístico, que afirma ter nascido com uma colher torcida na boca. As suas criações feitas sob encomenda podem ser qualquer coisa, desde uma criatura fofa para a festa de aniversário de uma criança, até o mais horrível e realista cadáver macerado. Não importa a sua escolha, será lindamente trabalhada com bolo ou chocolate. Dentro do leque vasto dos seus clientes há médicos, historiadores e até agentes funerários.
Admito que a alguns, sinceramente, não lhe enfiaria o garfo ou colher com grande à vontade. Nem sei se os comeria de todo.
Admiro muito as pessoas capazes de fazerem este tipo, de obras de arte. Tal como outras, claro.
Gosto imenso de me atrever a fazer as minhas "ridículas" e muito simples brincadeiras comestíveis, no Halloween, cá por casa. Já é um clássico, por esta altura, existir na mesa (ou numa à parte) uma "secção" assustadora.
Este ano, devido à pandemia, não haverá o habitual jantar em que nos reuníamos e também celebrávamos "esta data", que não sendo tão efusivamente celebrada como nos EUA, no nosso país também tem a sua expressão.
Então e ESTES já os conheciam?
Pura e simplesmente, espantosos. Cada autor, com um sem nunca acabar de criatividade.
Dukkha - A Primeira Nobre Verdade - representa todo o ciclo, e insatisfação que nunca será saciada enquanto seguirmos esse ciclo. Podemos pensar assim:
Então mesmo que tenhamos sucesso na nossa experiência de felicidade, ela pode tornar-se causa de uma experiência de sofrimento.
Sete frases budistas para mudar (melhorar) a nossa vida:
– A dor é inevitável, o sofrimento é opcional. Levando em consideração que as pessoas só podem magoar-nos se souberem ao que damos importância, evitar o sofrimento inútil pode consistir, simplesmente, em dar um passo para trás, em se desligar emocionalmente e ver as coisas sob outra perspectiva. Isso requer práctica e tempo, mas vale a pena carregar consigo este grande ensinamento. Como guia, outra frase budista dá.nos uma pista de como começar: “Tudo o que somos é resultado, do que pensamos; está baseado em nossos pensamentos e feito deles”.
– Alegre-se porque todo lugar é aqui e todo momento é agora. Costumamos pensar apenas no passado ou estar excessivamente preocupados com o futuro. Isso impede-nos de viver o momento e faz com que nossas vidas passem sem que tenhamos consciência disso. O budismo mostra o aqui e o agora. Portanto, devemos aprender a estar plenamente presentes e desfrutar cada momento, como se fosse o último.
– Cuide de seu exterior tanto quanto cuida de seu interior, pois tudo é um só. Para encontrar um verdadeiro estado de bem-estar, é imprescindível que a mente e o corpo estejam em equilíbrio. Não nos concentrarmos muito no aspecto físico e, reciprocamente, no aspecto interior, ajudará a que nos sentimos mais plenos e conscientes do aqui e do agora, facilitando, assim, uma plenitude emocional mais valiosa.
– Vale mais a pena usar chinelos do que cobrir o mundo com tapetes. Para encontrar a nossa paz interior, precisamos ser conscientes dos nossos potenciais pessoais e aprender a doseá-los, assim como os nossos recursos. Desta forma, viveremos um verdadeiro crescimento e evolução.
– Não magoe os outros com o que te causa dor. Essa frase é uma das máximas do budismo, e permite eliminar quase todas as leis e mandamentos morais actuais na nossa sociedade. Tendo um significado parecido com o da frase “não faça com os demais o que não gostaria que fizessem com você”, esta quinta reflexão vai muito além, já que consiste num profundo conhecimento de nós mesmos e numa grande empatia para e com os demais.
– Não é mais rico aquele que mais tem, senão aquele que menos necessita. O nosso desejo é de ter sempre mais, tanto no plano material, como no emocional, é a principal fonte de todas as nossas preocupações e desesperanças. A máxima do budismo baseia-se em aprender a viver com pouco e aceitar tudo aquilo que a vida nos dá no momento. Isso nos proporcionará uma vida mais equilibrada, reduzindo o stress e muitas tensões internas.
O facto de desejarmos mais coisas todo o tempo, indica somente falta de segurança e mostra que nos sentimos sós e precisamos preencher estes vazios. Sentirmo-nos a vontade connosco permite deixar para trás a necessidade de não ter que demonstrar nada.
– Para entender tudo, é preciso esquecer tudo. Estamos, desde pequenos, imersos numa contínua aprendizagem. Na infância, o nosso mapa mental ainda não está desenhado, o que faz sermos abertos a “tudo” e à capacidade de entender qualquer coisa, pois não sabemos julgar. Mas à medida em que crescemos, a nossa mente enche-se de restrições e normas sociais, que nos dizem como devemos ser, como devem ser as coisas, e como devemos nos comportar, inclusive o que devemos pensar. Tornamo-nos inconscientes de nós, então perdemo-nos.
Para mudar e ver as coisas sob uma perspectiva mais saudável, precisamos aprender a desligar-nos das crenças, dos hábitos e das ideias que não provêm do nosso coração. Para isso, esta frase budista servirá para começar o processo: “No céu não há distinção entre leste e oeste, são as pessoas quem criam essas distinções em sua mente e acreditam ser a verdade”.
"A raiva não pode ser superada pela raiva. Se uma pessoa lhe demonstra raiva, e você mostrar raiva em troca, o resultado é um desastre."
"Ame profunda e passionalmente. Você pode magoar-se, mas é a única forma de viver o amor completamente."
Os 3 Mantras Ferozes
“O que quer que tenha que acontecer, aconteça!”
“Seja qual for a situação, está óptimo!”
“Eu realmente não preciso de coisa alguma!”
Acredito que todo o amor que demos nunca foi em vão. A confiança que depositámos, mesmo traída, transformou-se em aprendizagem. Toda a fé que mantemos no mundo e nos outros, há-de achar reflexo numa folha que se desenrola, num botão que desabrocha em alguém que nos compreende. Isso porá tudo no lugar. Aquecerá a nossa alma!
Nada, é em vão, mesmo que doa. Custe, diariamente um inferno a ultrapassar... existirá um dia que se tornou líquido. Ar. O único paraíso está em nós. Somos, nós! Procurá-lo noutro lado, só nos traz angústia e temores injustificados.
A todos que não conseguimos chegar, ou tocar, é mesmo assim. Nem todos, ou tudo, somos iguais, nem o mesmo. Todos, somos um mundo, dentro deste mundo e ainda assim, cada um, tem dentro, outro mundo por descobrir. Todos somos provisórios na Terra!
...que atravessamos, na sua maior parte, para as gerações mais antigas. Meus caros, sejam um pouco menos críticos e parem para pensar.
Não foram os nossos bisavós que "estragaram" o planeta. Quando as mulheres tinham filhos, lhes punham fraldas de pano. Que lavavam e punham a corar, para voltar a utilizar. Não foram elas que, quando estavam menstruadas, usavam uma espécie de toalha turca, que as próprias costuravam (e que posteriormente sofria a mesma lavagem que as fraldas dos filhos) não recorrendo a pensos higiénicos plastificados.
Não foram os nossos bisavós que se deitavam em colchões de palha, ou barbas de milho, por sinal, bem mais saudáveis que os nossos que poluíram o ambiente com espumas, nem esferovites e outros produtos semelhantes. Nem foram as nossas avós, que lavavam roupa numa celha, num tanque, ou no rio, a força de braços (com o sabão que hoje utilizamos contra um vírus mortal) que descarregaram poluentes nos rios.
Nem foram elas, nem eles, que comiam castanhas embrulhadas em papel de jornal. Ou, também embrulhavam o peixe e a carne em papel pardo e transportavam as compras à cabeça, com o auxílio de uma rodilha ou, nas mãos, em cestas de verga; que acendiam lareiras com galhos e caruma; cozinhavam em fornos de lenha, alimentados a toros, que os homens rachavam, que inventaram as acendalhas. Os pellets, nem os sacos de plástico.
Estes pequenos e poucos exemplos, porque há muito mais, para perceberem que a geração que está a estragar o ambiente é a mais recente. A das facilidades para tudo. A das "invenções" miraculosas (carvão, petróleo, energia nuclear) que poupavam imenso esforço ao homem, mas agrediam sem piedade a natureza.
São cada vez mais as novas tecnologias que, se por um lado ajudam, pelo outro destroem. Tanto a Terra, como o Homem.
Mas para dependentes totais deste género de "medicina tribal", como a maior parte das pessoas hoje em dia, viciada em bits, bites e terabites, é-lhes muito difícil ver! Aceitar que são eles os carrascos da terra e os seus. Então que fazem?
Quais fanáticos de Seita vêm para a rua gritar: "Há que salvar a Terra!" E, serão eles que o farão! Porque a culpa, é dos outros. E, não é, sempre? Os outros... são o inferno. Já dizia Sartre.
Só se esqueceu de um pormenor. OS OUTROS... somos todos NÓS!
Deixei de ouvir há muito a Rádio Comercial. Em substituição passei a ouvir a M80. Mas, sinceramente não tenho paciência para conversa e conversa, fiada. Locutores ou radialistas, como se chama, o que forem, como a mania que são super-heróis, preocupados (como nos canais de televisão) apenas com as audiências e em alimentar os Egos.
Mau feitio? Sim. Com muito gosto. Não tenho é pachorra para pseudo vip's deste país. Para bloggers, vedeta, que não passam de alpinistas sociais e que, se ao menos fossem pessoas bem formadas, mas são... algo que não concebo. Em nome da fama, há pessoas não só pagáveis, mas vendáveis. Vendem-se por "tuta-e-meia" com um fim apenas. Ascender socialmente, nem que para isso tenha de ser à custa da humilhação dos outros e da peixeirada.
Que... é, o que neste país, está a dar! Quanto menor a qualidade do programa e maior o chavascal que provoque, melhor. Mais sucesso granjeia. Enfim... depois queixam-se e fazem-se "workshops" sobre o comportamento e como se pode ser mais feliz, correcto e grato, para com os demais!
Mas, dizia eu; porque gosto de ouvir a Rádio Renascença. Embora nas alturas em que a emissão começa a parecer uma procissão, confesse que me aborrece um bocadinho. Gosto, porque é uma emissora com pouquíssima conversa da treta! Uma emissora com locutores sóbrios, que não parecem estar constantemente sobre o efeito da cafeína ou a serem perseguidos(as) por um exame de abelhas.
Ou seja. Gosto! Pela música diversificada, mas sobretudo pela informação. Aqui... aprende-se alguma coisa! Em detrimento dos outros sítios onde não se aprende nada e se promovem, a toda a hora, os santos da casa e não só.
Há cultura (história), informação, desporto, humor e a preocupação com conteúdos interessantes, nesta rádio. Há o Paulinho Coelho e a sua voz bonita e pausada. Sem gargalhadas nervosas, nem descontroles hormonais. Há o Júlio Isidro, um Senhor da nossa rádio, televisão e responsável por muitos êxitos e por dar a conhecer muitos e bons artistas da nossa praça.
Há um grupo de pessoas que torna agradável ouvir uma emissão de rádio. Sem ruídos desnecessários, euforias excessivas, publicidade exaustiva sem massacrar os ouvintes e conversas de chacha. Nenhuma promoção pessoal. Há aqui... bons PROFISSIONAIS! Não pessoas que parecem miúdos mal comportados, ou velhas coscuvilheiras.
A quem, ainda, não encantam os discos de vinil? Hoje quem os tenha (cá em casa existam cerca de 350 discos LP e os de 45 rotações já não preciso quantos), tem uma preciosidade.
Mas espaço para guardar, é complicado. "Sítio" para ouvir. Manutenção e limpeza. Ainda tenho um gira discos! Uma máquina de escrever, um telefone dos mais antigos (anterior aos pretos e brancos) uma telefonia que era dos meus pais. Para quem gosta de antiguidades, estas coisas são sempre "giras".
Como o serão as cassetes de áudio, que alguns já nem sabem o que são. As de vídeo. Até os cd's, começam a estar ultrapassados, quando os computadores mais recentes, já não trazem leitor. Este é também, um lugar mágico, em dúvida!
"Um espaço dedicado à apreciação musical e à indústria da música e do audiovisual, com cerca de 35 mil discos de vinil à disposição do público.
Este acervo resulta de duas doações feitas ao arquivo sonoro municipal pela Rádio Difusão Portuguesa e a Rádio Renascença.
A base de dados da Fonoteca Municipal pode ser consultada e acedida, de forma livre, por parte do público.
Além do acervo municipal de discos de vinil e dos estúdios de gravação, o complexo dispõe ainda de câmara de eco, espaços para realização de voz off, finalizações musicais, restauro de suportes (como fitas magnéticas e outros), zonas de lazer.
A Fonoteca Municipal do Porto continuará, contudo, aberta a doações de todos os interessados".
Agatha Christie
Para a grande rainha do crime o percurso não foi fácil. Teve de enviar O Misterioso Caso de Styles para seis editoras diferentes e aguardar quatro anos para que o seu famoso detective Hercule Poirot fosse apresentado ao público. Mesmo assim, não teve sucesso logo de início. Foram necessários mais três romances para que o seu trabalho começasse a ser reconhecido, mas o prémio pela sua perseverança valeu a pena.
Agatha tornou-se uma das autoras mais traduzidas no mundo e, certamente, a escritora mais famosa de todos os tempos. Esta mulher teve a coragem de entrar num mundo dominado pelos homens e tornou-se tão respeitada, quanto seus colegas. Ela, foi a primeira de uma geração de grandes escritoras do crime.
Frank Hebbert
A série Duna é um marco na ficção científica, mas nem todos os editores são capazes de prever o potencial de um livro quando recebem os originais. Duna foi rejeitado cerca de 23 vezes antes de ser aceite. Um editor, ao rejeitar o manuscrito, chegou a dizer: "Posso estar cometendo o erro da década, mas não edito." Foi a Chilton, uma editora de pequena de Filadélfia que deu a Herbert uma oportunidade e Duna não tardou a tornar-se um sucesso de crítica.
Em 1968 Herbert já ganhara muito dinheiro com as suas publicações. Mais do que os romances de ficção científica da época estavam a lucrar, mas não o suficiente para torná-lo um escritor em tempo integral.
Isso não o fez desistir da carreira e um dia, disse: " Um homem é um idiota em não colocar tudo de si, a qualquer momento, no que está criando. Você está fazendo uma coisa qualquer ,no papel. Você não está destruindo, está plantando uma semente."
Stephen King
A história de que o original de Carrie, foi deitado ao lixo pelo próprio autor e resgatado pela esposa, é bastante conhecida. Inclusive é narrada pelo próprio, no prefácio do livro. Mas o que nem todos sabem é que: além de escapar da lata do lixo, a obra recebeu mais de trinta rejeições das editoras.
King já tinha publicado diversos contos em revistas, mas nunca vira um livro seu, ser editado. Após muita luta Carrie foi o primeiro. Mas não foi o livro que o consagrou. Os seus cinco primeiros romances encontraram dificuldades em ser publicados. Entre eles A Hora do Vampiro e O Iluminado. Mas... veja-se quem é Stephen King, hoje?
J.K. Rowling
No final dos anos 90, J.K. Rowling passou por uma grave crise financeira, tendo de contar com a ajuda de familiares para sustentar o seu filho. Arranjou um emprego de professora e foi nessa época que começou a enviar os originais de Harry Potter, obra que vinha desenvolvendo há quase dez anos, para as editoras. Recebeu muitos, não. Alguns delicados e outros nem tanto, tal como este: “ Querida, desista dessa ideia de ser escritora e volte ao trabalho”. No entanto, após ser rejeitado doze vezes, a editora Bloomsbury deu-lhe um voto de confiança, publicando “Harry Potter e a Pedra Filosofal” numa colectânea de literatura infantil.
Rowling recebeu um grande adiatamento por Harry Potter e foi-lhe sugerido assinar apenas as iniciais dos pré nomes, pois o público infantil masculino poderia rejeitar um livro escrito por uma mulher. JK ganhou uma legião de fãs e é a responsável por grande parte dessa nova geração de leitores.
John Grisham
John Grisham era filho de fazendeiros, trabalhou muito e desde muito jovem ganhava seu próprio sustento ajudando em construções, regando plantas por um dólar, chegando a vender roupa. Não é de admirar que não desistisse na sua primeira rejeição. Nem na segunda, na terceira e nem na vigésima oitava.
O original de Tempo de Matar levou tantos nãos, que Grisham deve ter gasto uma pequena fortuna em correio. Ele já era advogado formado, com alguns anos de carreira, ou seja, tinha amplo domínio sobre o que estava escrevendo, mas mesmo assim, penou para conseguir ser publicado. Graças à sua persistência o thriller judicial ganhou o seu mais famoso representante.
Stephenie Meyer
Não fosse a insistência de Stephenie Meyer, muitas adolescentes nunca teriam podido suspirar por vampiros com purpurina. Nem pelos emblemáticos lobos, pelo simples fato de que jamais teriam saído da gaveta.
Crepúsculo foi rejeitado oito vezes. E além da frustração de ver seus originais devolvidos, a autora teve de aturar comentários grosseiros como: “É melhor você parar de escrever e procurar outra actividade para sobreviver”.
Mesmo após assinar com uma editora, recebeu uma devolução das muitas editoras a qual havia enviado os originais, com um comentário tão maldoso, que a deixou deprimida, mesmo já tendo seu livro aprovado por outra empresa. A sua vontade na ocasião foi a de mandar uma resposta anexando uma cópia do contrato, mas achou melhor não fazê-lo.
Margareth Mitchell
Margareth foi presenteada com mais de trinta portas na cara, antes de ver seu livro E Tudo o Vento Levou publicado. Foi um longo caminho de decepções, mas ela tanto insistiu que conseguiu a editora Macmillan acreditasse na sua épica história e aceitasse lançar o livro no mercado.
Em menos de um ano a obra tornou-se best-seller e viu os seus direitos de filmagem comprados por uma uma soma considerável. Para coroar todo o esforço de Margareth, em 1937 o livro foi premiado com o Pulitzer. Lamentavelmente, morreu aos 49 anos vítima de atropelamento. Essa maravilhosa saga, foi a única obra que nos deixou.
Outros escritores rejeitados:
- O Senhor das Moscas de William Golding: rejeitado 20 vezes antes de ser publicado
- O espião que Saiu do Frio de John Le Carré: rejeitado porque “o autor não tinha futuro”.
- E o Vento Levou de Margaret Mitchell: rejeitado 38 vezes antes de ser publicado
- Santuário de William Falkner foi considerado, “impublicável”
- O Diário de Anne Frank: rejeitado 15 vezes antes de ser publicado
- Foi dito a Louisa May Alcot (Mulherzinhas) para continuar a dedicar-se ao ensino
- Rudyard Kipling, autor de O Livro da Selva, foi "acusado" de não saber usar o inglês
- A Revolução dos Bichos do George Orwell: “não havia mercado para histórias de animais nos EUA”
- Dubliners de James Joyce: rejeitado 22 vezes antes de ser publicado
E outros escritores, além destes.
Fontes:leitor cabuloso, revista conexão e outros sires
Um conto, escrito em 1864.
A ÁRVORE DE NATAL NA CASA DE CRISTO
DOSTOIÉVSKI
Fiódor Dostoievsky (1821- 1881)