Contornem-me. Deixem-me em paz!
fotografia minha - Fonte da Telha (2018)
Ontem... acordei a chorar. Não estive bem todo o dia. Disse-o aqui. Com uma dor de cabeça monumental, dores no corpo, encarei a manhã e parte do dia. Mas resolvi deitar-me toda a tarde e ver se melhorava. Não passou!
Podia ter-me entregue à cama e ao que me debilitava, mas... como sou combativa, nunca viro cara à luta, levantei-me. "Peguei de caras" as horas que tinha pela frente, com a minha armadura posta, o meu escudo em riste e... a espada desembainhada, bati-me com a dor.
Fiz o jantar e, porque o meu Sporting jogava e um empate para mim, equivalia à vitória... fiz arroz-doce! Um bolo de maça, com caramelo para "celebrar".
Dorida, combalida, arrumei tudo e vim sentar-me um pouco ao computador, enquanto o meu Sporting se batia, tão valorosamente quanto pôde, perante um dragão!
[Um "velho amigo" já ao fim da noite, deu-se ao trabalho de deixar-me um comentário no sentido de que; só junto letrinhas, umas às outras. A página em branco, coitada, têm de "levar comigo" e com a miséria das minhas letras.
Tudo bem! Porque continuará a ler-me, é uma incógnita?! Porque insiste visitar os meus espaço e se deu ao trabalho de comentar, outra. Eu, se fosse ele, passava adiante. Ignorava-me. Contornava-me, quando há por aí... tantos vultos assinaláveis da escrita].
O parêntesis anterior foi só um à parte para o Zé, que normalmente, toma as dores da sua dama e gosta de comentar, os outros, poetando.
Porque o que conta é isto: nunca gostei do mês de Março! Mal sabia que o meu pai viria a falecer numa noite de 16 de Março, que nesse ano foi Dia de Páscoa.
O ano passado, não sei porquê, estava desejosa que Novembro passasse. E no último dia de Novembro, perto das cinco da tarde, a minha mãe viria a encontrar a morte (pelo fogo) ao fazer um chá e uma torrada, coisa que fez... vezes sem conta. Enfim...
Amanhã farão 3 meses que a minha mãe faleceu! E eu? Para matar a dor e enxugar as lágrimas, "junto letrinhas" que nem louca, por aqui. Combato ferozmente, ou como posso, a dor e a falta que me faz.
Não peço a simpatia de ninguém. Solidariedade nenhuma. Só respeito! Fui-me deitar num feixe. Preocupada com o meu estado e como passaria a noite, mas calei-me para não preocupar ninguém. Só quero deixar mais uma vez este conselho: se junto letrinhas, o problema é meu!
Não leiam. Não venham aqui.
Contornem-me. Deixem-me em paz!